segunda-feira, 23 de abril de 2012

Março/Abril

Abril vai chegando ao fim (ok, ainda temos mais uma semana) e acabei de prestar um concurso no qual tenho certeza que não vou passar. Tive dois meses péssimos nos quais eu oscilava entre o que fazer e o que não fazer o resto do ano, ou seja, da minha vida. Todas as coisas decididas e pensadas não estavam e continuam não estando em minhas mãos. Vi mais filmes do que li livros e isso é conseqüência da minha total falta de concentração esses meses. Procrastinei mais que estudei e isso se reflete em tantas outras coisas que ficar remoendo aqui não vai servir de nada porque eu já fiz isso em outros lugares – na frente do espelho por exemplo. Que esta lista sirva de exemplo pra eu não cometer esse mesmo erro novamente, vendo que tive tanto tempo livre e não fiz nada de útil (se bem que colocando na lista um por um não pareceu nada tão inútil assim – bom pra ver que exagero e faço drama demais).

Livros:

Baudolino – Umberto Eco
A Coroa de Orquídeas e Outros Contos de A Vida Como Ela É - Nelson Rodrigues
Paris é uma festa - Ernest Hemingway
A obscena senhora D. - Hilda Hilst
O caderno rosa de Lori Lamby - Hilda Hilst
O escafandro e a borboleta – Jean Dominique Bauby
O Amante- Marguerite Duras
Olhos azuis, Cabelos pretos – Marguerite Duras
Marley e Eu – John Grogan
Teologia Do Cotidiano - Rubem Alves

(Não, não terminei Senhor dos Anéis por motivos de – estou sem saco pra isso – e pelo mesmo motivo não vou tentar mais, ao menos por alguns meses.)

Filmes:

Choke - Clark Gregg
Diário de um jornalista bêbado (The Rum Diary) - Bruce Robinson
Loucuras de Verão (The Pool Boys) – J.B. Rogers
Entre amores e vinhos (La cucina) – Allison R. Hebble, Zed Starkovich
Reféns (Trespass) – Joel Schumacher
Não tenha medo do escuro (Don't Be Afraid of the Dark) – Troy Nixey
Sob o domínio do medo (Straw Dogs) – Sam Peckinpah
O cativeiro (Captifs) – Antonio Negret
A coisa (The Thing) – Matthijs van Heijningen Jr
Pânico Na floresta 4 (Wrong Turn 4: Bloody Beginnings) – Declan O’Brian
A invenção de Hugo Cabret (Hugo) – Martin Scorsese
O preço do amanhã (In Time) – Andrew Niccol
Sentimentos mortais (Seconds Apart) – Antonio Negret
Across the Universe - Julie Taymor
A casa dos sonhos (Dream House) – Jim Sheridan
Jovens adultos (Young Adult) – Jason Reitman
As Aventuras de Tintin: O Segredo do Licorne – Leah Sturgis
A vila do medo (Rosewood Lane) – Victor Salva
Roubo nas alturas (Tower Heist) – Brett Ratner
Esses Amores (Ces amours-là) – Claude Lelouch
Os especialistas (Killer Elite) – Gary McKendry
As horas (The Hours) – Stephen Daldry
Café com amor (Café) – Gary Marc Erlbaum
Não Sei Como Ela Consegue (I Don’t Know How She Does It) – Douglas McGrath
A conspiração (Brake) – Gabe Torres
A pele que habito (La piel que habito) – Pedro Almodóvar
A condenação (Conviction) – Tony Goldwyn
O Artista (The Artist)– Michel Hazanavicius
Jane Eyre – Cary Fukunaga
Gato de Botas (Puss in Boots) – Chris Miller
The Frankestein Syndrome – Sean Tretta
A Fera (Beastly) – Daniel Barnz
J. Edgar – Clint Eastwood
Cavalo de Guerra (War Horse) – Steven Spielberg
Mission Impossible: Ghost Protocol – Brad Bird
Imortais (Immortals) – Tarsem Singh
The Girl With The Dragon Tattoo – David Fincher
Compramos um Zoológico (We Bought a Zoo) – Paul W.S. Anderson
11-11-11 – Darren Lynn Bousman
Fenômenos Paranormais (Grave Encounters) – The Vicious Brothers
A hora da escuridão (The Darkest Hour) – Chris Gorak
A dama de ferro (The Iron Lady) – Phyllida Lloyd
Motoqueiros Sem Rumo (Born to Ride) - James Fargo
Horas de medo (Kidnapped) - Miguel Ángel Vivas 

(btw, espero que o próximo post tenha mais itens na lista de cima)

domingo, 22 de abril de 2012

Ida sem Alice


Chega uma hora na vida que devemos abandonar nossas ilusões. Os contos de fada existem somente nos livros e embora representá-los e torná-los mais atraentes do que são seja parte da minha vida o meu eu interior às vezes me surpreende com uma clarividência sem retoques. Uma realidade absurda, mas uma realidade real – sem querer ser redundante. Há espaços em minha mente que procuram fugir, e um lado que quer ficar e se deleitar vendo o circo pegar fogo toma as rédeas e me joga dentro das labaredas. Olhe e veja. Sinta e ouça. Pegue o que é concreto e faça disso o melhor que puder. Não sonhe agora porque você sonhou a vida inteira. Achou que fazia parte de um mundo que não existe e se retirassem as duas primeiras letras do seu nome se perderia completamente. E foi assim. Por um tempo foi uma Alice boa enquanto durou. Uma Alice cheia de muiteza. Mas ela se perdeu no olhar, enquanto passeava pelas cidades reais. E fazendo daquela dureza o que se podia render foi perdendo aos poucos todas as suas ilusões, todas as suas capacidades imaginativas e criadoras de fuga da realidade. O tempo passou e cá está. Escrevendo de si mesma na terceira pessoa pra tentar se analisar até a fratura exposta. Ver o sangue escorrendo sabendo e sentindo o quando dói ser tão real. Aprendeu a ser real e a entender o mundo a cada dia. Quer escrever sobre coisas que restaram dela e da outra, e o que continua com aquela. A de verdade e a de mentira. Aqui com palavras e lá fora sem muita coisa pra contar, provar ou te convencer. Às vezes sós devaneios. A mentira e a verdade em um lugar só. É possível?