segunda-feira, 14 de maio de 2012

the tick of the clock

Ando muito tempo na internet e a contar por postagens em redes sociais até daria a impressão de que eu não tenho uma vida.  A contar pelos meus tweets e analisando bem distante agora talvez eu pense ser uma pessoa muito irritada com as coisas que andam acontecendo comigo e com a minha vida. Sei que as postagens não revelam nada do que eu tenho passado e sofrido, sim – sofrido – (aquele sofrimento/drama que a gente vê por aí, só que de verdade). A minha irritação rendeu retweets, followers e favorites e nada do que eu tenha reclamado realmente faz parte do objeto do meu sofrimento. Foi simplesmente pra colocar a culpa em alguém ou alguma coisa, então para não ferir pessoas e coisas erradas ou até a mim mesma eu decidi escrever bobagens, já que quieta e sem fazer barulho eu jamais conseguiria passar por tudo isso.  Seria constrangedor demais escrever em alguns caracteres tudo o que de fato acontece comigo, acredite. Tive vários momentos nesse mês que me fizeram refletir sobre a utilidade de várias coisas que fazem parte da minha vida, e já que a internet de certa forma faz, repensei a utilidade dela também. Em momentos familiares ou com amigos eu percebia assustada muitas pessoas ao meu redor que não tem redes sociais, que não usam internet, e algumas que sequer sabem o que é isso. Eu tive inveja delas. Desse desapego. Estou decidida, sempre estive, aliás, desde que me conectei e não parei mais, a fazer esta experiência. Ver como é somente existir de verdade. Muitas vezes não dá certo. Entro para ver algo importante e quando vejo já estou onde não devia. Não estou subestimando a utilidade, e sim o apego. Eu me apego muito fácil. Sereníssima que o diga, não, não é fácil largar assim – do nada. Nem o que me faz mal, pois essas são a meu ver sempre as piores de se libertar. Estou dando um tempo. Aqui e do resto que poderei deixar por um tempo ou definitivamente. Aqui um tempo das reclamações, postagens, etc. Acolá coisas que não valem a pena listar. Pode ser alguns dias, um mês, dois...não sei. Pretendo voltar, só não sei quando.

Ø