segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Começa assim.

Começa assim: Lembrei que tenho um blog. E como sempre que esqueço que tenho coisas e as folheio até me lembrar de como era. Poxa.... quase um ano. E nesse meio tempo tanta coisa. Sabe, quando você perde o jeito? Não sabe por onde começar? Não sabe se começa ou se deixa as traças comerem tudo. Pois é.
 
Há coisas que precisam ficar no passado e certamente algumas coisas que escrevemos também. Houve um tempo em que eu julgava as pessoas pelo que elas escreviam no passado, mas pensando bem, se essa escrita despretensiosa - e eu falo aqui sobre redes em geral - é uma forma de se livrar de alguma coisa, pode muito bem ser que hoje, lendo tudo o que escrevi nos últimos três anos - metade porque eu apaguei muita coisa - o que escrevi não seja mais o que eu penso, o que acredito.
 
As neuras somem, surgem outras, outras angústias também. Dilatam-se umas nas outras se tornando algo mais complexo do que simplesmente escrever sobre, salvar, publicar e resolver. Tenho vivido ainda com algumas mas sei conviver melhor com isso.
 
Penso que na verdade quase tudo é simples falta do que fazer. Do que pensar.
 
Estive esse ano todo, quase que diariamente planejando ações, determinando coisas, e resolvendo no último segundo o que eu não havia contado, o que poderia não ter dado certo. Estive questionando, também quase que diariamente, valores e ideias preconcebidas. Dos meus 20 até os 25 todos os anos foram assim, de questionamentos e decisões e quando eu tenho a ilusão de pensar "poxa, esse ano foi foda!" vem a vida e me mostra que aquilo não foi nada. Por conta disso não vou falar em 2013 como se as experiências que tive com ele me fizeram aprender muito porque 2014 vai chegar e eu vou descobrir que ainda não sei nada da vida.

E antes que o texto acabe eu queria confessar - não que isso seja um diário - tenho regredido. Tenho reparado nos meus erros e cheguei a conclusão que parte dos defeitos que me desfiz eram sim - sim, Clarice - parte do meu alicerce. Tenho destruído alguns tijolos que prejudicaram a estrutura de pilares inteiros, agora só preciso reconstruí-los. Mesmo que para isso eu inevitavelmente magoe algumas pessoas. É preciso ser forte e ser forte é ter estrutura completa e suficiente para se assumir como verdadeiramente se é.


Espero voltar mais vezes.
Nem que seja pra jogar conversa fora.



p.s: não faz um ano, mas a sensação é essa. ou seja.

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